MORADORES IMPEDEM DERRUBADA DE ÁRVORE NO BOSQUE DO GAMA PARA A CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE SAÚDE
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MORADORES IMPEDEM DERRUBADA DE ÁRVORE NO BOSQUE DO GAMA PARA A CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE SAÚDE
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Moradores da quadra 2 do setor norte do Gama impediram, na manhã desta quinta-feira, 13 de março, a derrubada de árvores no bosque localizado na região. O local foi escolhido pelo Governo do Distrito Federal para a construção de um Centro de Atenção Psicossocial, mas a comunidade se mobilizou e realizou um protesto para evitar a remoção das árvores.
Com faixas e abraços simbólicos nas árvores, os manifestantes bloquearam o início das operações, reivindicando a preservação do espaço verde. Segundo os moradores, o bosque é utilizado há décadas como área de lazer e tem sido mantido e cuidado por eles.
O fisioterapeuta Sérgio Ricardo de Sousa Oliveira, que mora na região há 40 anos, afirmou que os moradores não são contra a construção da unidade de saúde, mas acreditam que há outros locais no Gama onde a obra poderia ser realizada sem a necessidade de desmatamento.
Em 2024, os moradores tomaram conhecimento do processo licitatório para a derrubada das árvores e entraram com uma ação popular contra a Secretaria de Saúde, a Novacap e o Governo do Distrito Federal. A iniciativa resultou em uma liminar que impedia a remoção do bosque, mas a decisão foi posteriormente suspensa pela Justiça.
Na manhã do protesto, servidores da Novacap, acompanhados de policiais militares, chegaram ao local para dar início à derrubada das árvores. Diante da mobilização dos moradores, foi acordado um prazo de 20 dias para que a situação seja reavaliada.
A Novacap informou que aguarda uma decisão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios sobre a continuidade da obra e esclareceu que não é responsável pela destinação da área para construção.
O Ministério Público afirmou que a ação tramita na Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, mas que a decisão sobre o destino do bosque cabe à Justiça. O órgão ressaltou que a Vara do Meio Ambiente já havia autorizado a obra e que recursos dos moradores foram negados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.